Provocado pelo Cendhec, Conanda lança nota de repúdio contra curso pré-militar pernambucano
No dia 29 de setembro foi divulgado, a partir do Jornalistas Livres, um vídeo em que alunos do curso preparatório militar localizado no Recife, a Unibe PE, bradam frases de ódio e violência. “Matarei pela cidade, seja aleijado ou criança, menininho ou mulher. Sangue frio em minha veia congelou meu coração. Eu não tenho sentimento, nem tampouco compaixão. Interrogatório é muito fácil de fazer: a gente pega o marginal e bate nele até morrer. Quero banhar-me numa piscina de sangue, sangue dos mortos. Esse sangue eu já bebi…”, repetiam meninas e meninos, instigados por um "professor", trajando roupas camufladas e coturnos.
Provocados pelo Cendhec, instituições, coletivos e entidades manifestaram-se contra episódio. Na última semana de outubro, o Conselho Nacional dos Direitos de Crianças e Adolescentes lançou a NOTA DO CONANDA REPÚDIO A SITUAÇÃO OCORRIDA NA UNIBE/ASPREM PRÉ-MILITAR. "É forçoso lembrar que o Exército Brasileiro tem por missão “contribuir para a garantia da soberania nacional, dos poderes constitucionais, da lei e da ordem, salvaguardando os interesses nacionais e cooperando com o desenvolvimento nacional e o bem-estar social” e entre os deveres, valores e ética do Exército está a “probidade – pautar a vida, como soldado e cidadão, pela honradez, honestidade e pelo senso de justiça”. O Estado brasileiro, signatário de diversos tratados e convenções internacionais que consagram o princípio da dignidade da pessoa humana e que rechaçam toda e qualquer forma de tortura, e que possui referido princípio como alicerce da Constituição da República, não pode se omitir de investigar e responsabilizar os autores da prática criminosa que ora se repudia", diz um trecho do documento
Leia na íntegra:
O CENDHEC, fazendo valer o seu papel, enquanto Centro de Defesa de crianças, adolescentes, na promoção e garantia de direitos, enviou representação ao Ministério Público de Pernambuco, através do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça da Infância e Juventude (CAOP), a fim de que promotoria tome as providências cabíveis para apuração e punição dos crimes cometidos.
Confira nosso vídeo em parceria com o Conanda, Movimento Nacional dos Direitos Humanos e a Associação Nacional dos Centros de Defesa da Criança e do Adolescente:
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