Ao chegar ao Recife, em 1964, em plena ditadura militar DOM HELDER CAMARA passou a atuar como a voz dos que não têm voz. Sob sua orientação e carisma, a Igreja do Recife e do Nordeste exerceu importante papel contra o regime autoritário. A Igreja se abria para as questões sociais, a defesa dos injustiçados e a luta política.

 

As novas práticas daquele momento geraram novos instrumentos de ação destinadas à formação e capacitação de agentes pastorais. Neste contexto, as Comissões de Justiça e Paz tiveram um papel fundamental na Defesa e Promoção dos Direitos Humanos de presos politicos e posteriormente de moradoras e moradores de assentamentos populares.

No entanto, na década de 1980, a Igreja opta por uma atuação conservadora, o que levou à aposentadoria compulsória de Dom Helder Câmara e sua saída da Arquidiocese de Recife e Olinda. Mudança que levou ao desmonte dos serviços da Arquidiocese que se ocupavam das questões sociais, tais como Comissão Justiça e Paz (1989).

É nesta conjuntura que é fundado, em 02/11/1989, o CENTRO DOM HELDER CÂMARA DE ESTUDOS E AÇÃO SOCIAL - CENDHEC, integrado por antigos profissionais e membros do colegiado da Comissão de Justiça e Paz de Olinda e Recife, professores e alunos do Instituto de Teologia do Recife - ITER e de militantes dos Direitos Humanos.

 

Atualmente, o CENDHEC, é uma associação civil, para fins não econômicos, cuja missão é "defender e promover os Direitos Humanos, em especial de crianças, adolescentes, moradoras e moradores de assentamentos populares e grupos socialmente excluídos, contribuindo para a transformação social, rumo a uma sociedade democrática e popular, equitativa, que respeite as diversidades e sem violência."

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A instituição conta com duas linhas de atuação, estas desenvolvidas através do Programa Direito à Cidade  e o Programa Direitos da Criança e do Adolescente. Ambos com a meta de defender direitos e fortalecer a sociedade civil para a construção de uma sociedade democrática.