Profissionais do Cendhec participam de Audiência Pública sobre Assistência Social do Recife
Profissionais do Centro Dom Helder Camara de Estudos e Ação Social participaram da Audiência Pública do Conselho Municipal da Assistência Social do Recife, ocorrido na última quarta-feira, 28.
No encontro, realizado na Uninassau do bairro de Boa Viagem, foi apresentado atividades e informações do conselho correspondentes à gestão de 2021 a 2023. Dados como número de atendimentos realizados, quantitativo de equipamentos e situações de programas e projetos também foram expostos.
As assistentes sociais Cristinalva Lemos, Lorena Melo e Patrícia Saraiva representaram o Cendhec na ocasião.
Ainda assim, diante da importância da ação, o espaço não foi permeado pelo diálogo entre as entidades presentes, como relatam as assistentes.
“As pautas e questionamentos levantados pelas/os trabalhadores/as, usuárias/os e representações das entidades foram de extrema importância. Desde as condições de trabalho precárias nos serviços, que compromete o início e continuidade de ações; a falta de recursos humanos, mesmo com um concurso vigente; ampliação da intersetorialidade da política de Assistência Social com outras políticas, como: Política da Pessoa com Deficiência, Segurança Alimentar, Habitação, circunscritas em déficits na prestação dos serviços as/os usuárias/os. Mesmo que o pilar da Política de Assistência Social seja para quem dela necessitar, o/a sujeito/a e/ou famílias devem ser compreendidos em sua integralidade”, aponta Lorena Melo.
De forma semelhante, Patrícia Saraiva partilha dessa sensação. “Infelizmente, existiam poucos representantes do poder público. A impressão é que foi uma apresentação de números da gestão. Mas as conferências são espaços democráticos de discussão e articulação, entre sociedade civil e governo, para decidir as prioridades nas políticas públicas para os próximos anos”, expõe.
Cristinalva Lemos ressalta a importância do Sistema Único da Assistência Social (SUAS), muitas vezes, sendo o único recurso que famílias mais vulneráveis têm acesso.
“É preciso (re)construir o SUAS para que as políticas e equipamentos atendam a demanda da população mais fragilizada, que fica a mercê de políticas assistencialistas, principalmente no período eleitoral. Foi importante a participação nesse processo de (re)construção, pois embora seja necessária as criticas e denúncias de um sistema e uma rede socioassistencial que não funcionam e que não tem dado respostas às questões sociais que impactam a vida dos usuários, também nos dispomos a estar de forma crítica e propositiva para construir o SUAS que queremos para as famílias que atendemos nos territórios”, exterioriza.
O Cendhec, enquanto Centro de Defesa de Direitos Humanos, participa do debate para proposições de novas políticas. Dessa forma, dando continuidade às atividades iniciadas, será delegado da Conferência Municipal da Assistente Social, realizada nos dias 10, 11 e 12 de julho deste ano.
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