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Cendhec

Cendhec integra a Rede Brasileira de Educação em Direitos Humanos


Foto: Michela Albuquerque / Cendhec

A Rede Brasileira de Educação em Direitos Humanos está se rearticulando. Para garantir a promoção da formação cidadã, educação emancipadora e defesa da justiça social, a ReBEDH conta com professora Aída Monteiro, do Centro de Educação da Universidade Federal de Pernambuco, como integrante da coordenação nacional e novos arranjos têm se formado nos estados brasileiros. Para compor a equipe de Pernambuco, por exemplo, foram escolhidos Fernando Cardoso, professor da Universidade de Pernambuco e integrante do Núcleo de Estudos e Pesquisas de Educação em Direitos Humanos, Diversidade e Cidadania da UFPE, para o cargo de Coordenador; e Katia Pintor, coordenadora do Programa Direito das Crianças e Adolescentes e coordenadora adjunta do Centro Dom Helder Camara de Estudos e Ação Social, para o cargo de vice-coordenadora.


Criada ainda na década de 90, a Rede reúne pessoas e entidades da sociedade civil engajadas na proteção da cidadania. "Nós estávamos saindo de um período cruel, de um período muito difícil na história do nosso país que foi o período da Ditadura Civil Militar. Trabalhamos para derrubar esse regime, com a participação dos movimentos sociais, estudantes, organizações da sociedade civil, entidades científicas e organizações de comunicação. Nesta época chegamos a construir juntamente um documento que deu suporte a elaboração da Rede", relembra professora Aída.

Com muito trabalho, a Rede passou a ganhar reconhecimento. "Após a criação, nós tivemos o primeiro Encontro Nacional da Educação e Direitos Humanos na USP e com isso nós fomos ganhando corpo no trabalho. Fizemos várias ações de capacitação, onde agregamos pessoas de várias regiões do Brasil, com o aporte financeiro do Ministério de Justiça, que tinha a Secretaria de Direitos Humanos", comenta Aida. "Com a vitória do governo Lula em 2003 foi criada uma secretaria especial de Direitos Humanos, com o ministro Nilmário Miranda. Foi uma valorização enorme. Ainda nesse período foi criado o Comitê Nacional de Educação e Direitos Humanos, com a principal tarefa de elaborar um plano nacional de educação em direitos humanos para subsidiar as instituições públicas e privadas nos diferentes níveis de ensino."


Com as instabilidades e os desmontes de políticas públicas após o golpe de 2016, a Rede passou um período de hiato. "Recentemente, diante de toda essa conjuntura que a gente vive no país, nós vimos a necessidade de retomar esse trabalho. Retomar para fortalecer a Democracia, porque sem ela não é possível pensar em direitos humanos e muito menos reclamar as violações de direitos humanos", conclui.

O convite à Katia se deu pelos objetivos em comum entre o Cendhec e a Rede. "A ReBEDH passou por um tempo de inatividade e, desde o final do ano passado, um grupo de pessoas que fez parte da primeira formação desta rede iniciou um processo de rearticulação dela, na intenção de formar capital humano pra discutir sobre diferentes processos", explica o professor Fernando Cardoso. "O convite para a Katia se dá pela dimensão da sua trajetória e do trabalho de protagonismo pelos locais em que ela já passou; também por se tratar de uma pessoa que atualmente está vinculada a um dos principais espaços quando se trata da questão dos direitos humanos no estado de Pernambuco, que é o Cendhec".


Para a vice-coordenadora Katia, compor a ReBEDH junto à Profª Aída Monteiro e ao professor Fernando Cardoso é uma alegria e um desafio. Para a mesma, esta é uma oportunidade de celebrar e proteger as diversidades de crianças, adolescentes, moradoras e moradores de assentamento. "A Rede Brasileira de Educação e Direitos Humanos, neste contexto atual do Brasil, ganha ainda mais importância. A miséria e a fome retomam a centralidade no país. Precisamos enfrentar o racismo estrutural e os retrocessos dos direitos sociais, na qual a questão de classe, étnico-racial, orientação sexual ou de gênero, entre outras, são agudizadas. Em um momento em que os movimentos de Direitos Humanos estão sendo criminalizados é importante levantar essa bandeira", comenta Katia Pintor. "Esse convite chega para nós do Cendhec como oportunidade de fortalecimento em Rede de um dos seus eixos de atuação que é formação, e que se desenvolve nesses 31 anos de existência da instituição, na perspectiva de Educação em Direitos Humanos."

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