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Cendhec promove encontro com organizações para discussão da questão urbana



O Cendhec reuniu Organizações não-governamentais de oito estados do Brasil que atuam na questão urbana, nos dias 10 e 11 de maio de 2018, no Cecosne, para o encontro "Mesa Nacional de Diálogo - A Questão Urbana no Novo Contexto". O encontro teve como objetivo refletir sobre as práticas das organizações da questão urbana e contribuir na luta pelo Direito à Cidade, buscando a construção de diálogos e ações conjuntas.


A atividade contou com 25 participantes e foi desenvolvida em parceria com 12 organizações: Centro Gaspar Garcia de Direitos Humanos (SP); Centro de Direitos Econômicos e Sociais - CDES (RS), CEARAH Periferia (CE); Centro de Estudos e Ação Social - CEAS (BA); Centro de Defesa da Vida Herbert de Souza - CDVHS (CE); Coletivo Margarida Alves - CMA (MG); Habitat para a Humanidade Brasil (PE); FASE – Federação de Órgãos para Assistência Social e Educacional; Fundação Marcos de Bruin - FMB (CE); PÓLIS - Instituto de Estudos, Formação e Assessoria em Políticas Sociais (SP); e Terra de Direitos - TDD (PR). O encontro contou ainda com a participação do SOS CORPO - Instituto Feminista para a Democracia (PE), como convidada para os diálogos.


A realização desse debate, proposto pelo Cendhec, tem sua origem na análise de que o Golpe de 2016 gerou um forte impacto na articulação das organizações da questão urbana. Por isso, o momento foi pensado como um lugar de encontro de organizações que atuam nas disputas do território, no enfrentamento das desigualdades e opressões na cidade, de forma a viabilizar diálogos em diferentes perspectivas e territórios no Brasil.


Segundo o advogado Alexandre Pachêco, coordenador do Programa Direito à Cidade, do Cendhec, o golpe gerou uma atomização das ações dos sujeitos políticos, em especial das ONGs do campo popular. "A ausência de um espaço de troca, articulação e construção de uma agenda política conjunta, que fortaleça as lutas individuais e possibilitem olhares/ações de espectro maior, deixou um vácuo que vem nos fragilizando e fragilizando a luta nos territórios. Nesse momento buscamos exclusivamente trocar experiências, fortalecer ações em curso e construir perspectivas de diálogo. Dar um passo para diminuir o isolamento dessas organizações."



MESA NACIONAL


A programação no primeiro dia contou com a apresentação das práticas, experiências e prioridades políticas que as organizações defendem atualmente para o trabalho na área urbana. Para isso, foi construído um Painel sobre a ação das ONGs nesse contexto.


Também no primeiro dia teve um espaço para uma rodada livre sobre "Percepções da trajetória das políticas urbanas na última década", sob a perspectiva de Efeitos /impactos das políticas urbanas, assim como recuos e resistências nas práticas territoriais.


O segundo dia contou com o debate sobre "Permanências e transformações nas práticas sociais e nas narrativas sobre o urbano: um debate sobre a atualidade dos sujeitos e dos conflitos nas cidades", com falas de representações do CEAS/BA e CDES. Seguido pelo debate intitulado "Ideários do direito à cidade: apontamentos sobre outros paradigmas e novas agendas políticas", com provocações iniciais desenvolvidas por Terra de Direitos e SOS Corpo.


A tarde, o Encontro foi encerrado com encaminhamentos na perspectivas de continuidade de diálogos nos campos de atuação ou preocupações das organizações (conflitos fundiários, formação/educação popular, violência no território, segurança, etc). As participantes também decidiram pela realização de um novo encontro, dando continuidade aos diálogos ali iniciados.


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