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Em Pernambuco, Covid-19 mata, aproximadamente, uma criança por mês



No dia 5 deste mês o Ministério da Saúde divulgou a inclusão de crianças de 5 a 11 anos no plano de operacionalização das vacinas contra a Covid-19. O primeiro lote chegou ao Brasil na última quinta-feira, 13. E na sexta-feira, 14, em Pernambuco. Davi Seremramiwe, de 8 anos, foi a primeira criança a ser vacinada no país. O indígena é natural de Mato Grosso, e recebeu a dose no Hospital das Clínicas de São Paulo (HCFMUSP).


O Ministério da Saúde constatou que, no Brasil, cerca de 1.400 crianças morreram em decorrência da Covid-19 desde o início da pandemia. Em Pernambuco, segundo estatísticas da Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE), foram 18 vidas perdidas. O número do estado corresponde a 1 morte a cada 36 dias.


A liberação da vacinação para crianças trouxe alívio para boa parte da população brasileira. Eficaz e seguro, o imunizante infantil produz esperança com a possibilidade de redução da transmissão do vírus, da gravidade de sintomas e de sequelas severas - ou até letais.


Resistência inicial do Governo


A foi postergada durante um mês após liberação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Com relutância do governo, a decisão foi posta em consulta pública devido a resistências do presidente Jair Bolsonaro e do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga. Afirmações de ambos minimizaram a urgência de proteger o público infantil contra o vírus, com a justificativa do baixo número de letalidade.


Semelhante as ações de desconfiança do governante e do ministro, na última terça-feira (11), o Pastor bolsonarista, Silas Malafaia, utilizou o Twitter para se referir à vacinação infantil como “infanticídio”, a publicação foi removida horas depois. Negacionismo explícito, o termo presume, equivocadamente, descrédito ao imunizante, no entanto, com eficácia e segurança comprovadas, o mesmo foi produzido especificamente para crianças. A fala inaceitável tem o mesmo sentido que o presidente usou ao falar “tarados por vacina” em menção a técnicos da Anvisa.


A clínica e sanitarista do Hospital Lessa de Andrade, Maria Carmelita Maia, comenta a respeito das desconfianças do governo com o imunizante: “É inadmissível diante de tanta experiência que nós temos. A criança hoje é quem mais se vacina, a gente tem um calendário extenso de vacinas, ninguém nunca questionou. E acrescenta: “O vírus da Covid se ele estiver sendo brando na maioria dos casos pediátricos, deve-se levar em consideração que ele também, quando a resposta exacerbada individual da pessoa, ele tem uma gravidade muito grande”.


Por que é urgente vacinar as crianças?


A alta no número de casos de Covid-19 e expansão de novas variantes - além do avanço da variante H3N2 do vírus da influenza - elevam a preocupação com a volta presencial às escolas. Desde o início da pandemia, em 2020, assim como diferentes setores da sociedade, as escolas foram as primeiras a fechar. A volta aconteceu gradualmente e com restrições. Neste ano, a presença das crianças nas salas de aula de forma devidamente segura, só será possível com o sucesso do esquema de vacinação.


A necessidade de proteger o público de 5 a 11 anos da Covid-19 é acentuada, também, pelo risco de efeitos mais severos para essa faixa etária. Como é o caso da Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica (SIM-P), em que o organismo produz uma inflamação generalizada que pode atacar pulmões, fígado, olhos, cérebro e, sobretudo, o coração. Apesar do baixo índice de letalidade, a síndrome é preocupante uma vez que é a complicação pediátrica mais grave relacionada ao coronavírus.


Vacinas salvam vidas


Motivados pelo descrédito de representantes negacionistas do governo, muitos pais e/ou responsáveis temem os efeitos do imunizante ou negam a sua importância. A sanitarista Carmelida Maia comenta que “A primeira questão de você dizer para toda a população o porquê você deve se vacinar, é porque as vacinas são seguras. E que as vacinas para crianças são diferentes, elas têm uma dose menor”. Além disso, esclarece a seriedade das notícias falsas em torno do processo de ação dos imunizantes. “Existe uma fake em dizer que a vacina altera o código genético, isso é pura ignorância. Ela não vai no gene, ela é da superfície da proteína do vírus. Então a pessoa que troca essa informação em prol de confundir a sociedade é porque essa pessoa é muito maldosa, porque ela tá mudando completamente o discurso”, explica.


Para tomar a vacina é necessário ter em mãos apenas o documento de identificação da criança. Acompanhados pela mãe, pai ou responsável, o público infantil terá acesso à imunização em qualquer posto de saúde do Sistema Único de Saúde (SUS). Indígenas e quilombolas terão prioridade, assim como, crianças com comorbidades.


Vacinas salvam vidas! Não deixe de imunizar suas crianças. Sites e redes sociais das prefeituras do estado, atualizam com frequência as informações sobre a vacinação contra a Covid-19. Saiba onde acompanhar acessando alguns deles:


Recife (Site oficial Conecta Recife: https://minhavacina.recife.pe.gov.br/site Instagram: @prefeiturarecife



Jaboatão (Site Jaboatão em Ação: https://jaboataoemacao.jaboatao.pe.gov.br/ Instagram: @prefjaboatao)


Olinda (Site Vacina Olinda: https://vacinacaoolinda.tisaude.com/ Instagram: @pref_olinda )



fontes:








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